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Bruxelas, o que visitar? Roteiro de 2 dias

por Fábio Santos

Bruxelas, cosmopolita e vibrante a capital da Bélgica contagia com a sua energia e com a sua deliciosa gastronomia. Seja pelo famoso chocolate belga, as waffles ou pela incontestável qualidade das suas cervejas, todos eles são bons argumentos para o convencer a fazer uma escapadinha por Bruxelas. Se as delícias gastronómicas não foram suficientes para o trazer até à capital belga acreditamos que as suas praças, a arquitetura dos seus palácios e as sofisticadas galerias concluem o lote de motivos mais do que suficientes para captar a vossa atenção.

Mais do que capital da Bélgica, Bruxelas é muita vez associada a capital da Europa por estar aqui sediada a União Europeia e também a NATO e onde as suas instalações e histórias são interessantíssimas de descobrir. Bruxelas é tão multicultural e com uma história tão vasta e rica que conta com três línguas oficias: o francês, alemão e o flamengo por isso não estranhe durante a sua estadia ouvir vários idiomas diferentes e como é o nosso caso não entender qualquer um deles :P.

De seguida damos a conhecer o melhor de Bruxelas num roteiro de 2 dias com todas as dicas que utilizamos na nossa passagem pela cidade.

Quando visitar?

Os meses mais indicados para visitar Bruxelas vão de Abril a Outubro quando as temperaturas são mais quentes e a probabilidade de precipitar é mais reduzida. Durante os meses de verão, julho e agosto, a procura costuma ser muito o que torna a experiência de visita aos locais mais turísticos menos apelativa. No dia 15 de Agosto, semana da Assunção, a cada dois anos o Grand Place é preenchido com um enorme tapete florido que costuma atrair bastantes visitantes.

Nos meses de Outono/Inverno os dias são curtos com uma boa probabilidade de precipitação, mas se conviver bem com esse risco é uma cidade perfeitamente visitável embora as condições atmosféricas não tão favoráveis.

Como chegar a Bruxelas?

A forma mais cómoda de viajar para Bruxelas é através de voo direto que dura cerca de 2.45h e que aterra no Aeroporto de Zaventem, localizado a 12 km do centro. Outra opção é aterrar no Aeroporto de Charleroi que fica a 60km do centro, mas como os quilómetros indicam torna mais demorada a deslocação para o centro.

Diariamente seguem voos diretos dos aeroportos de Lisboa e Porto rumo a Bruxelas sendo normalmente operados pela TAP, Ryanair, Air Europa e Brussels Airlines. A nossa viagem foi através da Ryanair e não tivemos nenhuma razão de queixa, os voos foram pontuais e sem nada a apontar.

Como vir do Aeroporto de Zaventem para o centro de Bruxelas?

Como em qualquer outra grande cidade existem várias formas de chegar ao centro de Bruxelas, variando em todas elas as questões habituais: comodidade, tempo e preço. Das informações que conseguimos recolher existem as seguintes opções:

  • Comboio: Foi a opção escolhida por nós e uma das opções mais práticas e económicas. A estação encontra-se no peso -1 e à entrada encontrarão máquinas onde podem adquirir os bilhetes que tem o preço de 9,30€ (2022). Os comboios param nas três principais estações de Bruxelas (Gare du Nord, Gare Centrale e Gare du Midi) e a viagem dura cerca de 20 minutos.
  • Autocarro: Opção mais económica para chegar ao centro de Bruxelas. Os autocarros encontram-se no piso 0 do aeroporto e existem duas empresas que realizam os trajetos: a De Lijn e a Airport Line. Através da empresa De Lijn é possível chegar ao centro, principalmente à zona da Gare do Nord (linhas 272 e 471) com um custo de 3€ numa viagem com uma duração de cerca de 45 minutos. A empresa Airport Line realiza trajetos para o centro e para a região do Bairro Europeu (linha 12 e 21) num trajeto de 30 minutos que custa 4,50€ nos postos de venda e 6€ dentro do autocarro.
  • Táxi/Transfer: O método mais cómodo é de táxi/transfer mas é igualmente o mais dispendioso com um custo que ronda os 45€. Os táxis possuem logos azuis e amarelos e encontram-se no piso 0.

1º Dia

1 – Catedral de São Miguel e Santa Gudula

A nossa primeira paragem do roteiro de primeiro dia por Bruxelas foi a Catedral de São Miguel e Santa Gudula pelo simples facto de ser a atração que pretendíamos visitar mais próxima do nosso hotel. Esta importante catedral é um dos monumentos mais emblemáticos da cidade que impressiona pela sua dimensão e beleza da sua fachada gótica. Dada a imponência e genialidade da obra a sua construção demorou mais de dois séculos a ser concretizada e o seu nome é uma homenagem aos santos padroeiros da cidade de São Miguel e Santa Gudula.

O seu interior foi saqueado várias vezes ao longo da sua história, mas ainda assim a beleza dos seus vitrais e do púlpito barroco impressionam bem como o famoso órgão Grenzing que justificam plenamente a visita.

2 – Galeries Royales Saint-Hubert

Seguimos até um dos locais mais visitados de Bruxelas, as famosas galerias Saint Hurbert que foram as primeiras galerias a serem inauguradas na Europa no ano de 1847 por Leopoldo I. Embora já com alguns anos de existência as galerias permanecem com imenso charme e requinte e abrigam diversas lojas nomeadamente chocolatarias de luxo, lojas de roupa e café elegantes. As Galerias Royales Saint-Hubert dividem-se em três secção: a Galeria do Rei, da Galeria da Rainha e Galeria da Princesa.

É nestas galerias que se encontram um dos melhores locais para experimentar as típicas waffles no nosso caso escolhemos a Maison Dandoy e adoramos.

3 – Jeanneke Pis e Dellirium Café

Iniciamos neste ponto a nossa odisseia em busca dos famosos “xixis” da cidade Bruxelas, começando pela conhecida menina a fazer as suas necessidades. Numa rua estreita, sem saída, enjaulada por causa do vandalismo lá se encontra a famosa estátua da Jeanneke. Entre apertos e alguns furos na fila lá conseguimos tirar uma foto e seguir para a nossa próxima paragem e desta feita bem mais da nossa preferência, o Dellirium Café. Este bar de cervejas é o mais conhecido da cidade e sem dúvida o local ideal para degustar as fabulosas cervejas belgas, nós arriscámos e experimentámos o seu menu de 10 cervejas e adorámos ?

O Dellirium Café é tão famoso e a sua variedade de cervejas é tão grande que conta com mais de 2.000 marcas diferentes sendo isso Record do Guiness.

4 – La Grand-Place

Alguns copos depois seguimos até à principal praça de Bruxelas, a La Grand Place ou Grote Markt. É nesta praça que se reúnem as pessoas e é em seu redor que a cidade se movimenta e ganha vida!

Embora o Grand Place remonte ao século XI onde aqui eram realizados mercados ao ar livre, as construções que embelezam e dão requinte à praça são originárias dos séculos XV a XVII, o auge do barroco flamengo. A beleza da praça é incontestável, motivo pela qual é reconhecida como Património da Humanidade pela UNESCO muito por culpa dos edifícios apalaçados que a rodeiam. Os edifícios mais conhecidos são o: Hôtel de Ville (Câmara Municipal de Bruxelas), a Maison du Roi (Casa do Rei), Maison des Ducs de Brabant, Le Pigeon (residência de Vitor Hugo) e a Casa da Guilda (idêntico ao sindicato).

A energia desta praça é contagiante e costuma começar a sentir-se logo pelas primeiras horas da manhã por isso, por norma, costuma estar repleta de gente a admirar o encanto da arquitetura belga.

5 – Manneken Pis

Existe o chocolate, o Atomium, os waffles e claro o Manneken Pis que é mais nem menos do que uma estátua com cerca de 50 cm de um menino a urinar. Ironia ou não, esta estátua é um dos símbolos de Bruxelas e todos se desloca para a visitar. O seu simbolismo é tanto que por diversas vezes exércitos a tentaram roubar até que um ex-presidiário conseguiu. A estátua atual foi colocada em 1619 e uma vez por semana é vestida com trajes típicos de todas as partes do mundo. A impressionante coleção de trajes encontra-se em exposição no Museu do Hotel de Ville.

Dica: Bar de Cerveja

Se quiser descansar ou provar algumas das melhores cervejas belgas o Bar Poechenellekelder pertíssimo do Manneken Pis é uma das melhores opções.

6 – Zinneke Pis (opcional)

Se quiser completar o roteiro pelos três Pis, ou seja as três estátuas do xixi, considere fazer um pequeno desvio até à esquina da Rue des Chartreux e Rue du Vieux Marché para visitar a estátua do cão a urinar. Esta estátua está aqui instalada desde 1998 e ao contrário das restantes a estátua do cachorro não é realmente uma fonte é apenas uma escultura de um cachorro a levantar a perna com um ar meio envergonhado.

7 – Mont des Arts

Subimos até ao Mont des Arts, a chamada Colina das Artes, onde se localiza aquilo que é uma linda homenagem às artes. Responsável por interligar a parte baixa à parte alta de Bruxelas o Mont des Arts localiza-se entre a Praça Real e o Grand Place e onde no seu alto conseguimos obter uma das melhores vistas da cidade.

Além dos seus arranjados jardins encontra-se ainda no complexo urbanístico do Mont des Arts a Biblioteca Real da Bélgica e os Arquivos Gerais do Reino. Ainda no jardim encontra-se um artefacto lindo, o Relógio de Jacquemart inserido numa estrela de 12 pontas que aponta para 12 figuras da história da Bélgica.

O momento da nossa visita coincidiu com a realização de um festival de música e a vibe que existia na praça era ainda mais animada.

8 – L’église Notre-Dame des Victoires au Sablon

Fizemos um pequeno desvio e seguimos até outro importante símbolo religioso da cidade a L’église Notre-Dame des Victoires au Sablon uma enorme catedral construída no século XV com estilo idêntico ao que encontramos na Catedral de São Miguel e Santa Gudula. A catedral encontra-se no meio de duas praças a Grand Sablon e Petit Sablon onde se costumam realizar cerimónias e eventos.

Informações úteis

Entrada: Gratuita

Horário: Segunda a sexta: 9h00 às 18h30. Sábados e domingos: 10h às 19h.

9- Place Royale

Relativamente próximo está localizado o Place Royale ou Koningsplein que é a região da cidade onde residiam os monarcas. O edifício mais emblemático da praça é a Igreja de Saint Jacques-sur-Coudenberg que se destaca com a sua edificação semelhante ao estilo romano e com o seu majestoso campanário. Ao centro encontra-se a estátua a cavalo de Godofredo de Bouillon, líder da primeira Cruzada em 1096.

É nesta praça que se encontram também alguns dos principais museus da cidade como é o caso da Museus Reais de Belas Artes da Bélgica e o Museu Magritte onde encontram vastas obras principalmente dos grandes mestres belgas do surrealismo.

10 – Palace Royal de Bruxelles

O local mais emblemático do Quartier Royal é sem dúvida o Palace Royal de Bruxelles que é a sede da monarquia belga, embora neste momento a família real já não habite no palácio. Atualmente o palácio recebe apenas reuniões oficiais e eventos públicos e nos meses de julho a setembro encontra-se aberto para visita.

Como a nossa visita foi em junho não conseguimos visitar o interior, mas o exterior deixou-nos de boca aberta tanto pela arquitetura como pelos jardins bem arranjados. Segundo ouvimos dizer o interior justifica a visita para quem tenciona conhecer os pormenores requintados das salas nobres.

Informações úteis

Horário: De terça a domingo das 10.30h às 17h.

*Apenas é possível visitar de 21 de Julho (feriado nacional) até início de setembro.

11 – Parc de Bruxelles Warande

Em frente ao Palace Royal localiza-se o Parque de Bruxelas, um enorme espaço verde que é procurado por turistas, mas principalmente locais que procuram descansar e confraternizar enquanto aproveitam os raios de sol. No centro do parque encontra-se uma belíssima construção chamada Vauxhall que é uma histórica sala de espetáculos. No momento da nossa passagem por Bruxelas não foi possível visitar de perto pois o gradeamento encontrava-se fechado, mas pode ser que na sua visita tenha maior sorte.

Do outro lado do jardim na saída para a Rue de la Loi encontra-se o Parlamento da Bélgica outro importante edifício que completa a nossa passagem pela Place Royale de Bruxelas.

2ª dia

1 – Palais de Justice

O nosso segundo dia começou com uma pequena caminhada até ao Palais de Justice e pelo caminho fomos tropeçando por alguns dos locais que visitámos no primeiro dia, mas desta vez com muito menos visitantes.

Contudo, apreciando aqui e ali os locais despovoados de gente, chegámos ao nosso primeiro objetivo visitar o Palais de Justica, uma enorme construção que foi em tempos o maior edifício da Europa. Com cerca de 26.000 metros quadros e 104 metros de altura o Palais de Justice é bem mais do que as suas exuberantes dimensões é igualmente uma impressionante obra de arquitetura com detalhes impressionantes.

Infelizmente no momento da nossa visita não foi possível entrar nas suas instalações por se encontrar em obras de restauro, ainda assim a vista do exterior valeu a deslocação.

2 – Atomium

Para seguir até ao próximo destino aconselhamos a apanhar o metro na Estação de Lousie e seguir até Heysel através da Linha 6 (azul)

Através de uma curta viagem de metro chegámos até ao Atomium, o grande símbolo da cidade de Bruxelas e um dos grandes marcos do país. Nada mais nada menos do que um átomo gigante de 102 metros de altura, construído para a Exposição Mundial de 1958.

No seu exterior não resistimos à tradicional fotografia que preenche um álbum digno de uma passagem por Bruxelas e a medo decidimos visitar o seu interior, e o medo deve-se sobretudo ao preço da entrada, 16€/pessoa. Na verdade, fomos surpreendidos e acreditamos que a visita vale a pena sobretudo pelo espetáculo de luz, música e cores com que somos presenteados. Para além das animações, das exposições, algo que é inegável é a vista soberba sob grande parte da cidade que é realmente fantástica.

Informações úteis

Entrada: 16€

Horário: 10h às 18h (todos os dias)

3 – Parque Temático Mini-Europa

Imediatamente ao lado do Atomium encontra-se o Parque Temático Mini-Europa onde estão expostas 350 maquetes que representam 80 cidades europeias, uma excelente forma de viajar pela europa num único segundo. Por ali encontra-se um pouco de tudo, desde a Torre Eiffel, o Big Ben ou a Torre de Belém, sendo algumas daquelas esculturas umas verdadeiras obras de arte pela minúcia que alguns detalhes necessitam. Realça-se ainda que todos os monumentos estão ligados com estradas, rios, jardins e até vulcões que embelezam toda a exposição.

Se para adultos já é um espaço extremamente interessante para quem viaja com crianças torna-se ainda mais indispensável, além de acharem imensa graça irão aprender imenso com as informações ao longo do percurso.

Informações úteis

Entrada: 16,5€

Horário: Consultar website (horário varia conforme meses do ano)

4 – Estação Pannenhuis

Parar propositadamente numa estação de metro só para visitar uma estação de metro? Nunca o tínhamos feito antes, mas dado o seu design alternativo e futurista decidimos fazê-lo em Pannenhuis. Considerado um dos sítios mais instagramáveis de Bruxelas decidimos fazer uma pequena paragem, já que andávamos por aqueles lados e fizemos a incrível foto da praxe nas suas escadas rolantes.

Dica: Basílica de Sacré-Coeur

No bairro periférico de Koekelberg, longe do centro, mas relativamente perto da estação de metro Bélgica que fica em caminho para o Atomium localiza-se a considerada quinta maior igreja do mundo com os seus 167 metros de altura, a Basílica de Sacré-Coeur. Impressiona pela altura e pelo seu design incrível no estilo Art Decó que, embora seja avistada em grande parte da cidade, acaba por passar despercebida aos radares dos turistas pela sua considerável distância ao centro da cidade.

5 – Parc du Cinquentenaire

A nossa sugestão para a sequência do roteiro, já que terá obrigatoriamente de apanhar metro/autocarro, é seguir até à outra extremidade de Bruxelas. Neste caso seguir pela Linha 6 (azul) na Estação de Heysel ou Pannenhuis até Arts Loi e depois apanhar a linha 1 (rosa) até Schuman

Após uma ainda considerável viagem de metro chegamos ao Parc du Cinquentenaire um dos maiores espaços verdes da cidade com cerca de 30 hectares. Este parque relvado, com flores, fontes e banquinhos é um dos preferidos dos locais para descansar, fazer piqueniques ou simplesmente apanhar sol. No dia em que o visitamos estava completamente cheio.

Neste enorme espaço salta à vista as Les Arcades du Cinquentenaire, construídas em 1880 para a comemoração dos 50 anos da independência da Bélgica. Nos edifícios circundantes localiza-se o Cinquentenarie Museum, o Museu Militar e o Autoworld.

6 – Parc Léopold

Não muito distante encontra-se outro espaço verde que faz as delícias dos locais que por ali habitam ou trabalham, o Parc Léopold. Além da relva onde todos aproveitam para descansar e das árvores gigantes destaca-se o enorme lago onde habitam dezenas de patos que torna o jardim muito mais bonito.

7 – Bairro Europeu

Depois de visitados os espaços verdes decidimos perder-nos pelas ruas do Bairro Europeu, zona onde se localiza a Comissão Europeia e o Parlamento Europeu. Um bairro de negócios com os comuns prédios altos envidraçados que abrigam empresas e várias instituições europeias que por ali estão sediadas. Para quem deseja saber mais sobre a fundação da UE e sobre o seu desenvolvimento pode visitar o museu e até ficar a conhecer o próprio parlamento.

Informações úteis

Endereço: Rue Wiertz 60, 1047 Bruxelas

Horário de funcionamento: o Parlamento funciona de segunda das 13h à 18h, de terça a sexta das 09h às 18h e sábados e domingos das 10h às 18h | o Hemiciclo abre de segunda a quinta das 09h às 12h e das 14h às 16; as sextas funciona das 09h às 12h

Entrada: Gratuita

Tem mais do que 2 dias? O que visitar nos arredores?

A cidade de Bruxelas vê-se razoavelmente em dois dias, aconselho três dias para quem tencionar visitar vários museus onde poderá dispensar algum tempo. Caso dedique mais dias à sua passagem pela Bélgica aconselhamos a fazer pequenas viagens a partir de Bruxelas, uma vez que a cidade tem posição central e rapidamente com os bons acessos existentes chegamos a outras magníficas cidades belgas.

  • Bruges

Há cidades que nos marcam e Bruges é sem dúvida uma delas! Localizada a cerca de 100 km de Bruxelas, esta pequena cidade é conhecida maioritariamente bela beleza dos seus canais, motivo pela qual é apelidada de Veneza do Norte. Para além de ser bafejada pela sorte no que há morfologia diz respeito, ainda dispõe de uma arquitetura de fazer inveja e não podemos apontar um monumento ou outro em particular, toda a cidade é uma viagem à era medieval pela sua silhueta que a torna um dos destinos mais românticos da Europa.

O local onde todos se encontram é na Grote Market, onde se localiza o Belfort, um campanário onde se encontra a melhor vista da cidade. O local mais conhecido e fotogénico é à beira dos canais o Rozenhoedkaai e para os amantes de arquitetura religiosa pela cidade encontram-se também belas catedrais onde se destaca a Basílica do Sangue Sagrado e a Igreja de Nossa Senhora.

  • Gent

Uma das grandes tristezas da nossa passagem pela Bélgica foi não ter tempo suficiente para visitar Gent, mas não podemos deixar de aconselhar para quem disponha de mais dias. Semelhante a Bruges, igualmente com canais e com uma áurea medieval, mas segundo consta ligeiramente mais cosmopolita como Bruxelas. A viagem de Bruxelas para Gent dura cerca de 30 minutos de comboio que parte da cidade com bastante regularidade sendo por isso bastante acessível.  

Onde dormir em Bruxelas?

Opções de hotéis e alojamentos existem imensas, mas boas opções económicas é que já é bastante mais difícil de encontrar. Por ser uma cidade bastante ligada aos negócios, sobretudo devido à ligação ao Parlamento Europeu e todas as organizações políticas a elas ligadas, os preços praticados na capital belga são algo elevados. Principalmente em comparação com os preços a que estamos habituados.

Relativamente à localização, as melhores zonas para dormir são a zona central perto do Grand Place, Galeries Royales Saint-Hubert ou do Bairro Europeu.

Na nossa passagem ficamos hospedados no Motel One Brussels que dentro das opções existentes foi a que consideramos melhor relativamente à relação qualidade/preço, tendo pago 88€ (Abril 2022). O quarto era confortável, higiénico e com uma linda decoração para além de ter um pequeno-almoço bastante generoso. Outra grande qualidade é sua localização a poucos metros da Catedral de São Miguel e Santa Gudula.

Onde comer em Bruxelas?

Uma das maravilhas da Bélgica é precisamente a gastronomia com as suas afamadas quatro maravilhas: cerveja, batatas fritas, waffles e o chocolate. Fora os grandes pilares conhecidos além-fronteiras os principais pratos da gastronomia belga são o waterzoi (ensopado de peixe ou frango com vários vegetais), moules et frites (mexilhão com batatas fritas), almondegascarbonade flamande (carne de vaca guisada), entre muitas outras iguarias igualmente deliciosas.

Na nossa passagem por Bruxelas tivemos a oportunidade de visitar o restaurante Fin de Siécle onde experimentamos a carbonade que era uma delícia, uma carne bastante saborosa e tenra, e ainda o jambonneau sauce moutarde que é um pernil curado com molho de mostarda que estava igualmente fabuloso. Fomos também ao Nüetnigenough, outra excelente opção para quem procura experimentar as qualidades da gastronomia belga. A nossa ideia era provar o waterzoi que por vezes costuma fazer parte do menu mas infelizmente não havia nesse dia. Ainda assim provamos as almondegas com molho de tomate e o cordon bleu que estavam muito bons.

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