Évora é uma das cidades mais antigas de Portugal cuja sua fundação remonta à ocupação romana da Península Ibérica e que ao longo dos anos foi ocupada por diversas civilizações, motivo tal que a apelidam de “Cidade Museu”. Pela sua longa história, Évora dispõe de um enorme património arquitetónico que se observa a cada ruela e a cada recanto onde, sem querer, tropeçamos em algum palácio ou igreja. De entre todos os monumentos alguns dispensam apresentações e são os principais motivos de uma deslocação até à cidade, como o Templo Romano, a Capela dos Ossos ou a Sé de Évora.
Se juntarmos o vasto património arquitetónico do centro histórico de Évora às paisagens naturais dos campos agrícolas alentejanos conseguimos ter o melhor dos dois mundos em plena consonância: o rural e o urbano. Numa viagem ao Alentejo uma certeza que podemos ter é a gastronomia é de excelência e acredite que em Évora os bons sabores estão também eles um pouco por todo o lado.
Évora | Dicas úteis
Quando visitar?
Todas as alturas são boas para visitar Évora havendo claro algumas épocas, na nossa opinião, melhor do que outras. As temperaturas nos meses de verão são muito elevadas e praticamente sempre acima dos 30 graus, pelo que desaconselhamos a viagem nessa época. No Inverno as temperaturas são baixas, mas nunca negativas pelo que com alguns agasalhos é possível visitar a cidade. Para nós os meses ideais para a visita a Évora é de abril a junho e de setembro a outubro, onde as temperaturas são mais amenas e a possibilidade de precipitação é reduzida.
Caso queira conhecer a cidade na altura das maiores festividades desloque-se até Évora na segunda quinzena de junho, momento em que se comemora a Festa de São João, a mais importante festa da cidade.
Como chegar?
A cidade de Évora tem excelentes acessibilidades e é possível chegar até ela de forma muita cómoda. Para conhecer tanto o interior da cidade como a região envolvente acreditamos que a melhor forma de chegar até ela seja de automóvel. A viagem a partir de Lisboa dura cerca de 1.30h através da A2 ou A12 e depois A6, do Porto são cerca de 400km que duram 3.30h de viagem através da A1, A13 e A6.
Caso pretenda chegar até Évora de transportes públicos é possível tanto de comboio como de autocarro. A viagem de comboio a partir de Lisboa dura 1.30h e pode consultar os horários e tarifas no site da CP. Caso pretenda fazer o percurso de autocarro o percurso dura entre 1.30h e 1.45h e pode consultar os horários e tarifas no site da Rede de Expressos.
Onde dormir?
Évora é uma cidade com uma enorme oferta hoteleira existindo hotéis para todos os gostos e feitios e para todas as ocasiões. Existem hotéis económicos e funcionais no centro histórico com excelente relação qualidade preço e existem também hotéis luxuosos de quatro estrelas. Se preferir alojamentos rurais encontrará boas opções fora da cidade, mas a distâncias relativamente perto.
Já tivemos a oportunidade de visitar Évora por duas vezes: na primeira optámos por uma opção mais luxuosa e pernoitamos no Évora Hotel que dispõe, para além de quartos enormes, piscina interior e exterior e a qualidade do pequeno-almoço é divinal. Num regime mais económico pernoitamos no Moov Hotel Évora, um hotel recente, bem decorado e com uma excelente localização que é uma boa escolha para quem procura um hotel com uma boa relação qualidade/preço.
Caso pretenda ficar nos hotéis mais afamados e luxuosos da cidade os nomes incontornáveis da hotelaria de Évora são o Ecorkhotel e o Vila Galé Évora.
Onde comer?
A gastronomia alentejana dispensa apresentações, a sua qualidade e variedade vai certamente deixá-lo encantado. O famoso pão alentejano, os enchidos, as migas, os grelhados de porco preto, a sopa de cação ou o ensopado de borrego são algumas das muitas iguarias que poderá encontrar na Capital do Alentejo. No que aos doces diz respeito os mais famosos são o Pão de Rala, as Queijadas de Évora, a Encharcada e a Sericaia. Para experimentar o famoso Pão de Rala e outros doces típicos deliciosos de Évora visitem a Pastelaria Conventual Pão de Rala que tem bolos de comer e chorar por mais!
Relativamente à restauração fomos à Taberna Típica Quarta-Feira um restaurante familiar que é uma referência incontornável da cidade e onde somos surpreendidos por um menu que nos é desconhecido. Fomos presenteados com inúmeras entradas, desde os paios, queijo e até pregos. Tivemos ainda direito a uma canja e de seguida umas bochechas de porco assadas no forno e terminamos com um rodízio de sobremesas. Estava tudo delicioso, mas não experimentámos aquela que é a estrela da casa, o cachaço de porco assado no forno.
A nossa outra opção foi o Dona Laura, que é um restaurante maioritariamente em formato de tapas onde experimentamos o queijo com amêndoa e mel, chamuças, folhado de salmão e asinhas de frango. Um restaurante requintado e de enorme qualidade que recomendamos experimentarem.
Évora | Roteiro de 2 dias
1º dia
1 – Jardim Público, Ruínas Fingidas e Palácio D. Manuel
Iniciamos a nossa visita a Évora ultrapassando as suas muralhas através da Porta do Raimundo, pelo extremo sul do centro histórico. Mal se ultrapassa a porta encontramos a entrada para o Jardim Público de Évora, um jardim construído no final do século XIX com o objetivo de presentear os eborenses com o maior espaço verde da cidade onde é possível realizar uma caminhada tranquila numa zona de vegetação abundante. Nem tudo é verde neste jardim, no seu interior localiza-se ainda as denominadas Ruínas Fingidas que é na verdade um conjunto de ruínas de vários monumentos da cidade que por ali foram depositadas e também um Coreto que foi palco de concertos musicais durante várias décadas.
Na saída do Jardim Público localiza-se ainda o Palácio D. Manuel, que é na verdade o que resta do enorme conjunto palaciano de São Francisco, que com a perda de independência este palácio foi alvo de várias destruições, tendo apenas restado a “Galeria das Damas”. O espaço teve diversas utilidades ao longo dos séculos, desde Museu Arqueológico, armazém ou teatro, mas atualmente é utilizado apenas como sala de “visitas da cidade” onde ocorrem receções oficiais e cerimónias de natureza cultural.
2 – Capela dos Ossos
Seguimos até à Igreja de São Francisco onde se localiza uma das principais atrações da cidade, a Capela dos Ossos. Esta capela foi edificada no século XVII por três frades franciscanos que tinham como objetivo demonstrar a transitoriedade e fragilidade da vida humana. O seu objetivo é claramente interpretado logo na entrada da capela com a sua mítica frase “Nós ossos aqui estamos, pelos vossos esperamos”, uma frase macabra que condiz com o interior da capela.
Segundo consta no século XVI existiam cerca de 42 cemitérios monásticos na cidade que ocupavam demasiado espaço. Para reduzir o espaço, os monges decidiram extrair os ossos do chão e usá-los como decoração da capela. Um espaço sinistro, mas imperdível em qualquer roteiro que se preze pela cidade de Évora.
3 – Igreja de São Francisco
Uma das construções mais imponentes da cidade e uma das mais belas igrejas de Portugal é a Igreja de São Francisco, inaugurada em 1510 e que segundo consta foi a primeira casa da Ordem Franciscana no nosso país. De estilo gótico-manuelino este complexo religioso está intimamente relacionado com a história de Portugal, com claras ligações aos períodos dos Descobrimentos, foi também nesta igreja que se realizaram importantes cerimónias como o casamento de D. Pedro I e Constança Manuel além de ter servido de corte ao Rei D. Afonso V aquando das suas estadias em Évora.
O interior é luxuoso, tem uma nave principal muito bem decorada, tal que recebeu o título de “Convento de Ouro” que merece ser visitada e ter em atenção aos detalhes que são de facto de uma genialidade incrível.
4 – Praça 1º de Maio
De frente para a Igreja de São Francisco localiza-se a Praça 1º de Maio que tem vista privilegiada para a sua fachada e onde se encontram diversos restaurantes e bares onde se pode almoçar ou simplesmente beber um copo para relaxar.
Ainda nesta praça localiza-se o Mercado Municipal de Évora, recentemente modernizado, onde logo pela manhã poderá encontrar os melhores produtos típicos do Alentejo.
5 – Igreja da Graça
Seguimos até à Igreja da Graça para admirar a sua bela fachada renascentista, que a tornam uma das mais bonitas da cidade. Na sua fachada encontram-se as figuras de atlantes, carinhosamente apelidados pelos eborenses como os “Meninos da Graça”.
Com a extinção das ordens religiosas em 1834 o Convento da Graça foi transformado em quartel e consequentemente foi perdendo paulatinamente o seu espólio artístico que foi na sua maioria transferido para a Igreja de São Francisco. No século XIX a igreja encontrava-se num estado avançado de ruína culminando com o desmoronamento da abóboda da igreja. Na segunda metade do século XX a igreja foi restaurada e atualmente serve de Messe Oficial da guarnição de Évora.
6 – Convento Nossa Senhora do Carmo
Continuando a conhecer o enorme património religioso de Évora chegamos ao Convento Nossa Senhora do Carmo que embora seja enorme nos pareceu com claros sinais de abandono. Este convento construído no século XVI foi parcialmente destruído durante a Guerra da Restauração. O estilo atual é dos finais do século XVII e o convento, após a extinção das ordens religiosas, teve várias ocupações sendo atualmente sede do departamento de Música e Teatro da Universidade de Évora. De frente para Igreja do Carmo destaca-se o pórtico, chamado Porta das Nós.
Para chegar ao Convento Nossa Senhora do Carmo terá de passar pelo Largo das Portas de Moura onde se destaca o chafariz renascentista localizado ao centro que certamente chamará a sua atenção.
7 – Igreja da Misericórdia
Seguimos pela Rua da Misericórdia que logo na sua entrada nos surpreendeu com uma belíssima janela manuelina na Casa de Garcia Resende, onde residiu o famoso cronista e poeta Garcia Resende, que merece de facto um olhar atento. No final da rua encontra-se um largo de mesmo nome e nele se localiza a Igreja da Misericórdia. Se o exterior parece banal não se deixe enganar e dê uma oportunidade ao seu interior onde encontrará um excelente conjunto de arte barroca dos séculos XVII e XVIII. O seu maior destaque são os painéis de azulejos alegóricos aos episódios da vida de Cristo e o altar com o seu retábulo em talha dourada.
8 – Praça de Giraldo
Era tempo de seguir até ao ponto central e possivelmente o local mais agitado e animado da cidade, a Praça de Giraldo. Chegamos até ela vindos da Rua da República por entre as suas famosas arcadas que abrigam o comércio local e nos mostram a magnitude desta praça. No seu centro, locais e turistas divertem-se e colocam a conversa em dia nos bancos que a rodeiam ou mesmo nas esplanadas dos vários cafés que por ali fazem negócio.
As construções que mais se destacam é o Chafariz da Praça Giraldo, local onde terminava o Aqueduto Água da Prata e nos dois topos da praça localizam-se a Igreja de Santo Antão e o edifício do Banco de Portugal.
9 – Rua 5 de Outubro
Seguimos até à parte mais alta de Évora pela Rua 5 de Outubro, umas das ruas mais movimentadas e carismáticas da cidade. Esta rua rodeada das típicas casas alentejanas, brancas com as suas faixas amarelas, nelas se instalam vários comércios locais onde se encontram várias peças de artesanato tipicamente alentejanas de entre muitos outros souvenirs para mais tarde recordar a sua passagem por esta magnifica cidade.
10 – Sé Catedral de Évora
Chegando ao topo da Rua 5 de Outubro temos à nossa frente um dos edifícios mais emblemáticos da cidade que pela sua dimensão consegue ser observado um pouco por todo o lado, trata-se da Sé Catedral de Évora. A Sé de Évora, também conhecida como a Basílica Sé de Nossa Senhora da Assunção, é uma das catedrais mais importantes e magnânimas de Portugal pelo que a sua visita é quase uma obrigação.
Com o seu estilo robusto e austero de origem românica, mas com vários restauros posteriores que resultaram numa junção de estilos, como o barroco, gótico ou plateresco inspirado na Catedral de Salamanca. Se o exterior impressiona é fácil de antever que o interior também esconde belos tesouros como a beleza das suas três naves onde se destacam o altar em talha barroca, os claustros góticos e claro os seus terraços que oferecem a melhor vista panorâmica de Évora.
Informações úteis
Bilhetes: Existem vários preços consoante os diferentes locais a visitar:
- Sé + Claustro + Vista panorâmica+ Museu (visita completa) – 4,50€/pessoa
- Sé + Museu – 4,00€/pessoa
- Sé + Claustro + Vista panorâmica – 3,50€/pessoa
- Sé + Claustro – 2,50€/pessoa
Horário: Das 9h às 17h
11 – Museu de Évora – Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo
Próximo da Sé de Évora e em frente para o Templo Romano localiza-se o Museu de Évora, conhecido também como o Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo onde são exibidas coleções de escultura, cerâmica, arqueologia, mas principalmente pintura. Este museu é considerado o mais importante da cidade e é para muitos um dos mais valorizados de Portugal.
Também em frente localiza-se o Centro de Arte e Cultura Eugénio de Almeida que apresenta exposições temporárias essencialmente de arte contemporânea.
12 – Templo Romano de Évora
Logo em frente encontra-se o outro grande ex libris da cidade em pleno Largo Conde Vila Flor, o Templo Romano de Évora. Com cerca de 2000 anos de existência este templo é conhecido pela maioria dos portugueses, pelo nome de Templo de Diana, muito por culpa de uma lenda criada no século XVII que considerava que o templo era uma homenagem a Diana, deusa romana da caça. A História tratou de revelar que o Templo Romano de Évora é na verdade uma homenagem ao Imperador Augusto.
Ao longo dos anos o templo foi alvo de várias destruições e alterações tanto na sua estrutura como na sua utilidade, tendo sido a casa-forte do castelo de Évora como anos depois reconfigurado em matadouro. Só no século XIX lhe foi devolvida a sua traça original devolvendo-lhe toda a monumentalidade que aos dias de hoje lhe reconhecemos.
Em frente ao templo localiza-se o romântico Jardim de Diana, um excelente espaço para repousar que tem como presente um lindo miradouro na sua extremidade.
13 – Palácio Duques de Cadaval
Ao lado do Templo Romano de Évora encontra-se o enorme complexo palaciano do Palácio Cadaval. Este palácio inicialmente era denominado como Palácio da Torre das Cinco Quinas devido ao facto de a sua estrutura aproveitar parte das muralhas do antigo castelo de Évora, nomeadamente a dita Torre das Cinco Quinas. Este enorme complexo palaciano tem várias divisões: a Pousada dos Loios, a Igreja e Convento dos Loios, e a Sala de Exposições.
A Igreja e Convento dos Loios embora de aparência exterior simples, o seu interior é lindíssimo muito por culpa dos painéis de azulejos que revestem as paredes da igreja bem com o altar em talha dourada.
2º Dia
1- Aqueduto Água da Prata
No fim de fazermos o check out do hotel trouxemos o carro até um estacionamento gratuito que fica nas imediações do Aqueduto Água da Prata e iniciamos aí o roteiro do nosso segundo dia.
O Aqueduto Água da Prata é uma magnifica obra de engenharia do século XVI que embora tenha sofrido ao longo dos séculos ainda hoje desempenha a vital função de trazer água até à cidade de Évora. A zona do troço mais imponente inicia-se já nas imediações da cidade, no Forte de Santo António da Piedade e depois segue até ao seu centro. De fora das muralhas da cidade consegue-se ter a perspetiva perfeita sobre esta estrutura magnífica.
2 – Porta de Aviz
Seguimos caminho para o centro de Évora ultrapassando a muralha através da Porta de Aviz onde, logo após a sua passagem, se encontra um pequeno jardim, chamado Jardim da Rua de Aviz e também o Convento de São José Esperança.
3 – Rua do Cano
Após uma breve observação da Rua de Aviz viramos à direita pela Rua do Muro e seguimos pela famosa Rua do Cano onde as casas se unem com as arcadas do Aqueduto das Águas da Prata. Devido à falta de espaço, a população optou por construir as suas casas no meio das arcadas originando construções caricatas, mas bonitas de se observar. No meio desta rua irá encontrar o Largo do Chão das Covas onde se localiza a Casa da Balança e o bom restaurante do Chão das Covas.
4 – Largo do Sertório
A nossa próxima paragem seria na Praça do Sertório, mas pelo caminho ainda passamos debaixo do Arco Romano de Dona Isabel, um dos vestígios da herança romana na cidade de Évora.
No Largo do Sertório encontramos outra importante marca que o Império Romano deixou na cidade de Évora, falamos das Termas Romanas de Évora que se encontram na parte mais antiga do edifício da Câmara Municipal de Évora. As termas terão sido construídas entre os séculos II e III e terão sido muito provavelmente as termas públicas da cidade naquela época onde para além de um local de higiene era principalmente um local de convívio e até de negócios. As termas foram apenas descobertas em 1987 durante umas escavações arqueológicas.
Ainda no largo encontra-se também a Igreja do Antigo Convento do Salvador, onde se destaca a sua torre que fazia parte da antiga muralha da cidade.
5 – Caixa de Água da Rua Nova
Ao seguir pela Travessa do Sertório encontrará a caixa de água mais bonita que alguma vez encontrou. A Caixa de Água da Rua Nova que tem a simples missão de servir de depósito e distribuir a água vinda do Aqueduto da Água da Prata é dona de uma beleza artística invulgar onde se destacam as suas doze colunas toscanas.
6 – Universidade de Évora
Subimos até à parte alta da cidade para conhecer a estrutura mais antiga da Universidade de Évora, motivo que a torna a segunda mais antiga do país apenas suplantada pela Universidade de Coimbra. A universidade foi fundada em 1559 pela Companhia de Jesus e posteriormente encerrada por Marquês de Pombal em 1759 no momento da expulsão dos jesuítas de Portugal.
No mesmo conjunto de infraestruturas estão reunidos o Colégio de Espírito Santo, a Igreja do Espírito Santo e Seminário Maior de Évora. Foi a partir da estrutura do Colégio do Espírito Santo que se fundou a Universidade de Évora e é nele que se encontram as maiores atratividades da visita. À entrada somos brindados com uns magníficos claustros, conhecidos como o Pátio dos Gerais e ao centro encontra-se um chafariz. O que nos chamou também à atenção foram os painéis de azulejos existentes nas salas alusivos às matérias ali ensinadas, Belas Artes, Matemática entre outras.
7 – Alto de São Bento
De seguida voltamos até ao carro e seguimos até ao Alto de São Bento que se localiza fora da cidade a cerca de 4km do centro. É no Alto de São Bento que conseguimos ter a melhor vista panorâmica para a cidade e onde apetece ficar ali simplesmente a aproveitar a vista. Além da paisagem pode ainda conhecer os moinhos recuperados ali existentes que embora já não desempenhem a sua função original abrigam um projeto educativo albergando atualmente o Núcleo Museológico do Granito e o Núcleo Museológico Florística.
8 – Cromeleque dos Almendres
A nossa última paragem localiza-se já no caminho de regresso, sendo necessário fazer um pequeno desvio na estrada que liga Évora a Montemor-o-Novo para conhecer um dos maiores monumentos megalíticos de Portugal o Cromeleque dos Almendres. Este cromeleque composto por 95 menires insere-se no Circuito Megalítico de Évora que é composto por vários monumentos: cromeleques, necrópoles e antas. Esta construção datada do final do milénio VI a.C surpreende pelo excelente estado de conservação passados tantos anos da sua criação.
E é com este local fascinante que nos despedimos da nossa descoberta da cidade de Évora, esperamos voltar porque certamente existe sempre algo mais por descobrir.
Évora | O que visitar nos arredores?
O distrito de Évora é enorme, o segundo maior de Portugal, e nos arredores existem bons motivos para estender a viagem por mais uns dias.
Arraiolos
A pouco mais de 20km de Évora localiza-se Arraiolos conhecida em todo o país pelas suas tapeçarias, os conhecidos “Tapetes de Arraiolos”. Esta pequena vila alentejana esconde alguns tesouros que merecem ser descobertos, desde logo o ofício e a história por de trás dos tapetes que pode ser conhecida no Centro Interpretativo do Tapete de Arraiolos. Além disso, a vila possui um interessante centro histórico onde sobressai o magnifico Castelo de Arraiolos.
Montemor-o-Novo
A cerca de 30km de Évora e pouco mais de 30 minutos situa-se Montemor-o-Novo, uma bonita cidade alentejana conhecida pelas suas belezas naturais e sobretudo pela simplicidade e empatia das suas gentes. O grande cartão-de-visita é o seu castelo, mas no centro da cidade encontram-se ainda um vasto património religioso como a Igreja de São João de Deus ou o Convento de Nossa Senhora da Saudação. Uma vez em Montemor não deixe de provar o seu famoso licor de poejo!
Évora Monte
Pitoresca e, claro, fotogénica é a freguesia de Évora Monte localizada a 30 km de Évora num dos pontos mais altos da Serra d’Ossa. O seu grande ex-libris é o Paço Ducal de Évora Monte, uma construção majestosa que é fruto da reconstrução do castelo original após destruição do terramoto de 1531. Além do Paço caminhe pelas simpáticas ruas da vila onde imperam os casarios brancos caiados e os rodapés e contornos pintados de amarelo ou azul.
Viana do Alentejo
Localizada também a 30 km de Évora, Viana do Alentejo é uma vila tradicional onde pode contactar de perto com a tranquilidade e beleza do montado alentejano. Embora rural e envolta numa paisagem natural maravilhosa, no centro da vila existem alguns monumentos que merecem ser visitados como o Castelo de Viana do Alentejo que protege a Igreja Matriz da vila. Colorido, mas de uma beleza arquitetónica notável é o Santuário de Nossa Senhora d’Aires que é um dos grandes atrativos de Viana do Alentejo.